A poetisa
Sua tez pálida, transparece em sua aparência exótica
Seus olhos compridos de cílios longos e boca carnuda
Suas expressões a entregam e decifram
Sendo necessário apenas observação.
Poetisa que se agarra a lembranças passadas
E grita com todas as palavras que conhece
Toda a dor que em seu peito guarda
Que de sua alma transborda.
Expulsa toda esta falta de entusiasmo
De êxtase para vivências presentes
Sentido o saudosismo do antigo contato
Com emoções que a enchiam de energia vital.
Buscando nas sensações longínquas
Sentir-se viva e sagaz
Pondo sua existência
Em letras esborradas através de uma tinta vagabunda.
Minha irmã de longa data
Ainda sinto o gosto do seu sangue
Misturado com o vinho sagrado
Daquela noite outonal.
Nosso lugar está marcado
Nas areias que juntas pisamos
Nas garrafas que compartilhamos e
Nos rituais que unidas praticamos.
Flor de Lótus
13/08/09
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