Como o tempo pode passar tão rápido? Como as pessoas o deixam ir e vir tão fácil? O que aconteceu já parece tão antigo e, ainda assim, tão vivo. Quanta saudade, quantas lembranças, quanto medo do futuro, da próxima recordação, do próximo abraço, do próximo olhar, da próxima ação, ou da falta de tudo isso, que machuca tanto quanto o receio da próxima frase, da próxima palavra, do próximo toque e do que tudo pode mostrar, insinuar, demonstrar ou nada significar. Por que quando se está perto de acreditar tudo se destrói? Se parte um vários pedaços? O tempo passa rápido demais, ele não tem dó e nem piedade, o que se perdeu, se perdeu, não há volta nas oportunidades perdidas...
Flor de Lótus
2003
2003