Arrepio
Você ainda me arrepia.
De onde pode vir tão doce sensação?
Com certeza não do amargo de minh’alma
Ou da dor de minha carne:
Claridade tão escura
Escuridão tão reveladora.
Se teu cheiro ainda me persegue as narinas
É porque de meu ar nunca saiu.
O morango de sua boca ainda sinto:
Tão doce e que tanto amargo provocou
Quando de meu contato se apartou.
Vãs recordações guardadas em mim:
Palavras sussurradas pelo olhar
Atos demonstrados por palavras,
Esquecidas e enterradas no pensamento.
Flor de Lótus
22/11/03
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