O Reencontro
Início
Heitor voltava de uma confraternização do pessoal com o qual trabalhava, no caminho quando para casa retornava, resolveu de súbito visitar uma antiga amiga sua de colégio. Sua residência ficava pelo seu caminho e ela havia se mudado a pouco, sendo então um bom momento para revê-la.
Quando tocou a campainha uma voz feminina gritou:
- Quem é?
Num primeiro instante ele achou que tinha errado o endereço, mas teve certeza logo após que não. Em seguida pensou que estava sendo ludibriado pelo álcool que havia ingerido na festa, pois quela parecia a voz de alguém que ele conhecia – ou ao menos conheceu – muito bem. Mas ele resolveu arriscar e seguir a audição e o coração, que a tanto disparava descompassadamente.
- Nicole?!
- Nicole?!
Nesses instantes passados Nicole preparava-se para pôr as mãos na maçaneta da porta e abri-la, quando o som da voz que ouviu a paralisou instantaneamente. Ela pensou: Heitor?! Nossa, será que já estou tão bêbada? Antes da porta ser aberta Nicole perguntou desconfiada:
- Heitor?!
- Heitor?!
E em questão de segundos corridos abriu a porta feliz e ao mesmo tempo receosa com o que – ou no caso quem - estaria do outro lado da porta.
- Oi! - respondeu Heitor à Nicole.
- Nossa! Oi!
- Oi! - respondeu Heitor à Nicole.
- Nossa! Oi!
E os olhos deles finalmente encontraram-se após quase dois anos e quase nenhuma conversa on-line.
- A Mirna tá aí?
- Na verdade não. Hoje foi dia de plantão dela, então pedi para vir usar a sua internet essa noite. Tô terminando um trabalho.
- Liguei para ela mas o celular está desligado, então resolvi arriscar. Tava passando por aqui perto, achei que era uma boa rever a amiga e conhecer sua nova casa.
- Ah entendo. Nossa que mal educada eu. Entra Heitor. Eu mostro à casa a você, ao menos sua visita não será toda em vão.
- A Mirna tá aí?
- Na verdade não. Hoje foi dia de plantão dela, então pedi para vir usar a sua internet essa noite. Tô terminando um trabalho.
- Liguei para ela mas o celular está desligado, então resolvi arriscar. Tava passando por aqui perto, achei que era uma boa rever a amiga e conhecer sua nova casa.
- Ah entendo. Nossa que mal educada eu. Entra Heitor. Eu mostro à casa a você, ao menos sua visita não será toda em vão.
Nicole também era amiga de Mirna, e ainda depois do tempo colegial se viram durante um tempo. Saiam os três, bebiam um vinho... Mas nada mais que isso, praticamente nenhum toque corporal entre Nicole e Heitor.
Ao entrar Heitor sentou-se no sofá, Nicole ofereceu-lhe uma taça do vinho que bebia e ele aceitou-a. A taça que Nicole usava havia sido presente da mesma à Mirna, para a casa nova, era uma dupla de taça, que ela mesma estava usando pela primeira vez, e a outra também haveria de perder a virgindade.
Quando enfim se viu sozinha na cozinha pode então soltar todo o ar que estava prendendo em seu pulmão, estava nervosa e apreensiva por estar a sós com ele. Sozinha naquela casa com alguém que ela tanto desejava, e aquela sensação de atração que a seduzia para ele. Heitor havia sido seu namorado na adolescência, há cerca de sete anos, e seu posto jamais fora substituído, homem algum chegou a ser tão perfeito e fazê-la sobrepujar todas as sensações e amor que sentira por ele.
Voltou à sala e entregou-lhe a taça, e as mãos de ambos, ainda que levemente, tocaram-se, e os olhares, antes incertos de para onde olharem, focaram um no outro. Nesse instante Nicole percebeu que seu desejo guardado talvez não fosse apenas dela, e teve medo do que poderia acontecer naquela noite, que apenas começava. E ela se indagou se tudo que ela sentia seria mesmo recíproco.
Continua...
Flor de Lótus
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