Aquele que sofre
Quantos passam fome
E quantos esbanjam:
Infames!
A tarde aos poucos se esvai
E toda tragédia surge
Ressurge.
As ruas então vazias
Se preenchem,
As calçadas tornam-se
Abrigos:
Onde não há abrigo.
Como sorrir assim?
Vendo o choro do outro?
A dor de quem pede
Em mim se remete.
Dias sem sentido
Insentidos
Perseguidos
Pela dor
Falta de amor.
Quantos dentes à mostra
Suprem a lágrima que esborra
Daquele que sofre?
Flor de Lótus
20/10/08
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