No escuro noturno
Quando nem mais as palavras reinam
Quando há apenas os sons mais longínquos
De uma memória compartilhada.
Quando aquela balada é tocada
Lembrando de nossas presenças
Da irmandade das noites
Em que palavras eram expressadas nos sentidos.
Daquelas tardes vendo o sol se por ao mar
Onde as conversas eram travadas
Desejos eram sonhados, planos eram traçados
Com toda nossa fé e inocência juvenil.
Das cenas que criamos
Da amizade-irmã que construímos
Das lágrimas que seguramos
E do companheirismo devotado.
Os festejos iniciam-se com a Roda
Mas não tenho mais ânimo para comemorá-la
Sem nossas preparações com objetos sagrados
Sem nossas músicas sendo entoadas.
O vinho sagrado ainda bebo
Encharco-me em seu sabor adocicado
Mas meu presente não é tão doce
Sem vocês aqui comigo.
Flor de Lótus
01/12/09
Um comentário:
Haveremos de nós encontrar de novo
No doce/amargo do vinho
Na luz projetada pela lua no mar
Na presença de alma n'alma
Nos ritos e nos gritos noturnos
Nas noites de Sagrada Magia
Para a perfeição da confiança
Para o cumprimento do pacto
Para a re-união do Coven
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