Abstinência de Fantasia
Uma coisa boa de quando se é adolescente, é ainda poder ser diferente, ser você mesmo, ser da forma que se deseja e, ainda assim, ser aceito; ainda que não seja. Afinal, no final, todos os adolescentes se acham diferentes e não-aceitos. Ao menos os que realmente valem a pena.
Quando se amadurece há muitas obrigações que, pelo teor da forçosidade, tornam-se necessidades. Torna-se obrigado a votar; obrigado a frequentar o médico regularmente; obrigado a pagar sua própria passagem; obrigado a preocupar-se com suas contas... obrigado a trabalhar, e, devido a isso, muitas vezes abster-se do que te faz feliz, do que te faz ser você mesmo; das suas atividades diárias não-obrigatórias, porém, também necessárias.
Talvez de todas as obrigatoriedades citadas, a mais prazerosa seja trabalhar, pois tende, ou ao menos pode, unir o útil ao agradável. Mas claro que, nas bandas de cá, poder trabalhar no que se gosta é privilégio de poucos, todavia, isso não é assunto para o momento. Além de poder unir ambas: utilidade e prazer, tende a beneficiar outréns e, através do dinheiro recebido permitir gastar com aquilo que deseja. E com aquilo que necessita; que na maioria das vezes é aquilo que é obrigatório.
É, realmente eu não consigo viver no mundo da fantasia.
Flor de Lótus
24/11/11
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