Homem cor de brigadeiro e mamilo chocolate
Já era madrugada, a noite se esvaia e eu o observava, ao longe, com todo seu corpanzil, seus músculos que se externavam através de sua camisa tão fixada em sua pele morena, muito mais que morena jambo, de um moreno queimado por um sol forte e brilhoso, daquela cor que te deixa desejoso de ao menos tocar.
Pude imaginá-lo por trás de todos seus músculos, de seu tórax, por trás de sua calça colada, dos apertos que se seguiam em suas parte íntimas, que se demonstravam grandes, após tanta observação, minúcia, cautela, ah! tamanha compleição.
Aproximei-me como quem nada queria, na intenção singela de que meus desejos fossem então supridos e pudesse então comprovar tudo que meus olhos me permitiam observar apenas de longe, provocando arrepios em minha imaginação e calores em minha espinha, suor em minhas mãos e poros, salivação em minha língua.
Olhares foram trocados, senti então o seu cheiro exalando em minhas narinas como que me chamando, trocamos emanações corpóreas antes mesmo de nos tocarmos, e fui então mais me aproximando, pude então melhor me aperceber de seu tom de pele, antes camuflado de alguma forma pelas luzes dos globos.
O som tocava perfeita melodia para então sentir-nos, então o som embalou-nos e fomos aproximando-nos meio que automaticamente, ah o seu corpo! Me parecia ser o cara de mamilos cor de chocolate, com aqueles músculos enrijecidos, formados por muita malhação, muito peso, muito suor.
Ah! o cara de cor de brigadeiro, que tanto havia me atiçado à distância em nada deixou a desejar, muito pelo contrário, desejo-o eu ainda mais pela retenção que por ele me foi determinada: nada de mordidas... Ele limitou-me quando de seu pescoço aproximei-me com toda sede de mordê-lo, de tocar minha língua em seu perfume misturado com seu líquido corporal.
Mais que rapidamente querendo extravasar toda fúria contida em meu ego, tirei sua pochete da frente de suas partes íntimas – nem tão íntimas naquele momento, se expondo daquela forma tão convidativa! - e fui passando minha mão, meus dedos por entre seus cachos negros e longos, ah! sim, este Deus possuía cachos perfeitos e inesquecíveis, que decaiam por suas costas másculas.
Nossos rostos até então paralelos foram ficando mais rentes um com o outro, nossos narizes tiveram contato e não pude mais resistir à tamanha tentação, nossas bocas tatearam-se sem o mínimo de suavidade, com toda violência que poderia destruir nossos lábios, destruindo assim aquela vontade que me matava, que nos matava – visto também sua sagacidade.
Deste instante em diante não posso dizer ao certo como senti-me, visto que, fora meu primeiro contato bucal de forma tão íntima, e que congresso, e que primeira vez! E que professor! Tamanha experiência, tamanha diferença de idade, fez-me sentir-me um discípulo sendo por seu mestre iniciado nos prazeres da carne, nos desejos mais físicos.
Deixei-me ser levado por tamanha sensação de prazer, volúpia, lascívia, desejo e prazer que unidos me confundiam, já não mais sabia quem eu era, e quem ele era – se bem que antes, também já não mais o sabia desde que meus olhos dele não pude tirar.
A noite seguiu-se assim, com o entrelace de nossos corpos, com o vigor de nossos ósculos, o calor de nossos membros tocando-se uns nos outros e perpassando os desejos de um para o corpo do outro, uma sensação que ao mesmo tempo que me enchia de um furor, fogo árduo, acalmava-me, relaxava-me, deleitava-me ao ponto de estar no mais alto da pureza mental possível, jamais por mim imaginada.
O tempo de uma medida que não pude alcançar, seguiu como que desvairado pondo limite aos meus maiores e mais íntimos desejos, tornando o final tão próximo, que deixou-me no desespero da separação, que não pôde – infeliz e dolorosamente – ser evitada.
Deste que me iniciou nos caminhos mais “impuros”, tenho apenas a lembrança, pois nem seu nome foi-me dado direito de saber, nossa relação alí se extinguiu, não me permitindo ultrapassar os limites de suas roupas, ação que já estava prestes a tomar caso estivéssemos em local mais íntimo e menos observados.
Ainda posso sentir todo aquele frenesi do homem de mamilos de chocolate e cor de brigadeiro – o qual ainda não pude provar, mas - pelo qual me derreti, o qual formei, transformei, deformei, refiz com o percusso de meus dedos.
Flor de Lótus
11/12/09
11/12/09
Um comentário:
Wow!!!
Micca ruleia!!
Ficou muito mara.
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