Expectativa
Ah... a morte
Finalmente cobre-me com suas asas negras
Alivia minha espera:
Aqui estou, sozinho
Conhecidos e amigos vêm visitar-me
Mas estou sozinho:
Meu doce egoísmo.
Só eu poderia deliciar-me com a sua chegada
Ela, tão esperada.
Mansa... aos poucos me faz entrar em um sono bom
Não vejo anjos ou figuras tenebrosas
Só sinto essa quietude que me fascina
Finalmente desvendarei esse insondável mistério
O que estará a minha espera?
Ah... como é boa essa expectativa
Meu corpo? Não poderei levá-lo
Terei que contentar-me em entregá-lo aos vermes e as
Demais pragas de cemitério:
Presenciarei isso?
Não importa, foi isso que escolhi.
Troquei a simples vida, tão chata e tão cheia
De obrigações, pela doce, amarga e maravilhosa morte:
Só lembro de pegar a arma, do barulho e pronto
Agora estou aqui, sem arrependimento.
Nunca me apeguei a nada
Nunca entendi a vida e todos os seus deslumbres
Agora sinto essa calmaria me tomando, esse mistério
Finalmente a porta se abre
E durmo calmamente.
Isaac Roberto
08-04-2003
Ah... a morte
Finalmente cobre-me com suas asas negras
Alivia minha espera:
Aqui estou, sozinho
Conhecidos e amigos vêm visitar-me
Mas estou sozinho:
Meu doce egoísmo.
Só eu poderia deliciar-me com a sua chegada
Ela, tão esperada.
Mansa... aos poucos me faz entrar em um sono bom
Não vejo anjos ou figuras tenebrosas
Só sinto essa quietude que me fascina
Finalmente desvendarei esse insondável mistério
O que estará a minha espera?
Ah... como é boa essa expectativa
Meu corpo? Não poderei levá-lo
Terei que contentar-me em entregá-lo aos vermes e as
Demais pragas de cemitério:
Presenciarei isso?
Não importa, foi isso que escolhi.
Troquei a simples vida, tão chata e tão cheia
De obrigações, pela doce, amarga e maravilhosa morte:
Só lembro de pegar a arma, do barulho e pronto
Agora estou aqui, sem arrependimento.
Nunca me apeguei a nada
Nunca entendi a vida e todos os seus deslumbres
Agora sinto essa calmaria me tomando, esse mistério
Finalmente a porta se abre
E durmo calmamente.
Isaac Roberto
08-04-2003
Um comentário:
Você por aqui, Isaac? Encontros inesperados. Parabéns pelo texto!
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