“Estava lendo sobre Platão e sua Teoria de Outra Metade, a qual nós seres humanos, buscamos intensamente até quando - e em especial - não a desejamos. “Um cara bom”, como diria Ele; e por falar Nele, seria talvez minha metade perdida? Alguém falou achar que combinávamos e quando falei saber que havia outra pessoa que me era compatível também – embora não soubesse onde – sua resposta foi que não concordava. Apenas uma pequena conversa em uma calçada de interior em companhia de uma latinha de pitu cola, onde falávamos de um amigo que disse que tenho que achar alguém que me é compatível. Afinal, de onde surgiu esse parágrafo de Platão, do amigo e da conversa no interior?
Eu não sei, mas eu sei que não se pode nem recordar em paz no mundo atual. Fui à um mirante tentar me afastar da louca sociedade assoberbada e encubada em problemas e sujeiras espirituais e geográficas, quando sou abordada por um sujeito, que acha que uma arma em sua calça fará a mágica de aparecer um celular em minha bolsa, celular este que havia na bolsa da minha amiga, e que pela gravidade de seu ato, tentando – e conseguindo – tirar a pouca paz que buscávamos ao ir ver a cidade do alto, foi castigado pela não-visão de tal objeto: “Seria cômico se não fosse trágico” - esta frase parece perseguir. Já parou pra perceber que quando algo começa, pode ser uma frase, uma música, um assunto ou até mesmo uma nova religião, ela aparece de repente em cada esquina e conversa entre as mais diversas pessoas e lugares?
São apenas palavras que se misturam e se perdem visando apenas um objetivo, e este é desconhecido. Talvez a liberdade da sensação e exposição clara dos sonhos, visto de fora a visão fica mais ampla e consegue agrupar uma maior quantidade de conhecimentos, até de si próprio. Há quanto tempo você não pára pra observar a quantidade de conhecimentos que lhe proporcionaram as pessoas? É, provavelmente o seu egocentrismo o proibiu de perceber que sem algumas certas e específicas pessoas, esses conhecimentos no mínimo não lhe serviriam de nada. Talvez seus últimos conhecimentos adquiridos tenham vindo de situações dolorosas e negativas, mas de algo elas serviram e se não fossem tão duras e marcantes seriam relevadas e desobservadas, ou seja, sem tanta intensidade e vontade de clareza. Assim são as pessoas, reclamam do sentimento que as fazem buscar a fundo respostas e as fazem aprender na metade do tempo outros certos sentimentos e atos: a dor.
Uma música toca a memória e acorda lembranças passadas que aparentemente estão guardadas na parte esquerda do meu cérebro, é Ele, que ainda meche com algo abstrato, o que foi concreto um dia. Quantas músicas no mundo fazem pessoas pararem o que estão fazendo, qualquer pensamento momentâneo, e fazem o ontem se tornar agora, e fazem nascer um futuro próximo e tocável? Ilusão, até a coisa mais concreta quando quer parecer surreal sabe o ponto fraco e assim se faz, deixando de lado a sensação que provoca, seja ela boa ou má, agradável ou sufocante.”
Eu não sei, mas eu sei que não se pode nem recordar em paz no mundo atual. Fui à um mirante tentar me afastar da louca sociedade assoberbada e encubada em problemas e sujeiras espirituais e geográficas, quando sou abordada por um sujeito, que acha que uma arma em sua calça fará a mágica de aparecer um celular em minha bolsa, celular este que havia na bolsa da minha amiga, e que pela gravidade de seu ato, tentando – e conseguindo – tirar a pouca paz que buscávamos ao ir ver a cidade do alto, foi castigado pela não-visão de tal objeto: “Seria cômico se não fosse trágico” - esta frase parece perseguir. Já parou pra perceber que quando algo começa, pode ser uma frase, uma música, um assunto ou até mesmo uma nova religião, ela aparece de repente em cada esquina e conversa entre as mais diversas pessoas e lugares?
São apenas palavras que se misturam e se perdem visando apenas um objetivo, e este é desconhecido. Talvez a liberdade da sensação e exposição clara dos sonhos, visto de fora a visão fica mais ampla e consegue agrupar uma maior quantidade de conhecimentos, até de si próprio. Há quanto tempo você não pára pra observar a quantidade de conhecimentos que lhe proporcionaram as pessoas? É, provavelmente o seu egocentrismo o proibiu de perceber que sem algumas certas e específicas pessoas, esses conhecimentos no mínimo não lhe serviriam de nada. Talvez seus últimos conhecimentos adquiridos tenham vindo de situações dolorosas e negativas, mas de algo elas serviram e se não fossem tão duras e marcantes seriam relevadas e desobservadas, ou seja, sem tanta intensidade e vontade de clareza. Assim são as pessoas, reclamam do sentimento que as fazem buscar a fundo respostas e as fazem aprender na metade do tempo outros certos sentimentos e atos: a dor.
Uma música toca a memória e acorda lembranças passadas que aparentemente estão guardadas na parte esquerda do meu cérebro, é Ele, que ainda meche com algo abstrato, o que foi concreto um dia. Quantas músicas no mundo fazem pessoas pararem o que estão fazendo, qualquer pensamento momentâneo, e fazem o ontem se tornar agora, e fazem nascer um futuro próximo e tocável? Ilusão, até a coisa mais concreta quando quer parecer surreal sabe o ponto fraco e assim se faz, deixando de lado a sensação que provoca, seja ela boa ou má, agradável ou sufocante.”
Flor de Lótus
2002